quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TEX WILLER, 60 anos com Rossano Rossi

Convidamos todos os apaixonados de Tex Willer a fazerem uma visita ao endereçohttp://www.youtube.com/watch?v=ETOFIBGe3_A onde pode ser vista uma entrevista feita a Rossano Rossi um dos novos desenhadores de Tex, que está a desenhar uma história de dois álbuns, que sairá em 2008, precisamente no ano do sexagésimo aniversário de Tex!

Rossano Rossi nasceu em Arezzo em 1964 e revelou desde pequeno uma óptima predisposição para o desenho. Depois de um período de estudo autodidacta estreia-se profissionalmente na segunda metade dos anos oitenta, colaborando com diversas publicações semanais e mensais (Intrepido, Blitz, Splatter, etc.) para as quais realiza numerosas histórias autoconclusivas de vários géneros (aventura, horror, fantasia, etc.).
No início dos anos 90 desenha algumas histórias de Mister No publicadas pela Sergio Bonelli Editore.

Integrado em pleno no staff de desenhadores da “Sergio Bonelli Editore” em 1994 realiza a primeira história da série “La Stirpe di Elän” (“I signori del male”, “La caduta di Astartis” e “I due volti dell’incubo”) para a série mensal Zona X.

Actualmente está a realizar dois álbuns da série Tex Willer que sairão no início de 2008, ano em que Tex completa 60 anos. Rossi está acompanhado por outros desenhadores aretinos que estão a trabalhar em Tex e que são o decano Fabio Civitelli e a dupla Marco Bianchini e Marco Santucci que também estão a realizar o seu primeiro trabalho dedicado a Tex.

A cidade de Arezzo que hospeda há 40 anos a maior Feira Antiquária da Itália tenciona organizar em 2008 uma secção inteiramente dedicada à grande personagem bonelliana onde haverá encontros com os autores aretinos e não só, em suma, será uma óptima ocasião para fazer a grande festa de aniversário de TEX junto a quem o desenha, e porque não, adquirir , todos os álbuns de Tex Willer.

A Feira situada na cidade de Arezzo realiza-se no primeiro domingo de cada mês e no sábado precedente, por isso caro pard, se for a Itália, programe-se e não perca esta oportunidade de comemorar também o sexagésimo aniversário de Tex Willer na “Capitale di TEX” como dizem os cidadãos dessa região italiana.

Para posteriores informações, contacte Fabio Fioroni:





Tex Série Normal: Intriga no Klondike

Argumento de Mauro Boselli, desenhos de Miguel Angel Repetto e capas de Claudio Villa.
Com o título original
Intrigo nel Klondike, a história foi publicada em Itália nos nº 544 e 545 e no Brasil pela Mythos Editora nos nº 450 e 451.

Tex e Carson vão até ao Canadá em busca de dois perigosos assassinos, que, nos Estados Unidos, deixaram atrás de si um rasto de sangue e morte. Em Horse Creek contactam com o sargento Lafferty que os coloca a par da morte de um seu colega, crime este que parece ter sido cometido por um jovem esquimó. Lafferty aguarda também a chegada do cabo Ryan que vai testemunhar a favor do esquimó no seu processo junto da justiça.

Lafferty suspeita que por detrás de tudo possa estar a mão de Henry Fitzgerald, um rico homem de negócios da região. Entretanto, como a ausência de Ryan já se torna suspeita, Tex, Carson e Lafferty vão em busca do seu paradeiro, encontrando-o crivado de balas, as mesmas que são habitualmente utilizadas pelo colt 45 e usadas nos Estados Unidos. E por isso, começam a acreditar que os dois assassinos que perseguem podem estar implicados também neste caso.

Esta é a primeira aventura escrita por Mauro Boselli para o argentino Miguel Angel Repetto e o autor regressa aos ambientes frios das montanhas plenas de neve e vento do Canadá, onde já tinha estado com a excelente aventura “Em Território Selvagem”. Mas desta vez, Boselli não aprofunda tanto as características das personagens, nem confere a mesma intensidade ao argumento. Na verdade, agora Boselli opta mais por uma intriga policial linear, que no fundo vai recuperar muitos dos temas clássicos do western, a caça ao foragido, o homem que domina uma cidade ou ainda alguém que pertence a uma minoria étnica e que vai ser acusado injustamente perante a justiça. A diferença está no modo e na maneira como o autor vai apresentar a trama.

Esta não é certamente uma das melhores aventuras de Boselli, honestamente que não o é, mas o segredo do autor é trazer outros contornos ou outros artifícios às aventuras texianas. O modo como Boselli vai utilizar o flash-back para justificar a presença de Tex e Carson no Canadá é um ponto importante nesta sua tentativa em encontrar um ponto de equilíbrio entre o espírito clássico da série e a narração moderna, mas também podemos falar, por exemplo, de uma criteriosa escolha de diálogos que permitem evitar tempos mortos ou o recurso a redundâncias. Por isso, Boselli representa a inovação na série, sem que isso signifique traição ao seu espírito.

Voltando à aventura em si mesmo, já o dissemos, não se trata de um Boselli particularmente inspirado, mas é sempre salutar estarmos em presença de algo escrito por alguém que procura inovar. Apesar dessa falta de originalidade, apesar de se tratar de um trama simples e que os rangersrapidamente ultrapassam, Boselli não perde o ritmo dos acontecimentos e acaba por construir uma aventura onde o seu Tex surge com os punhos bem calibrados.

O argentino Repetto é hoje por hoje um dos melhores desenhadores de Tex. Porque o seu traço e o seu estilo fazem justiça ao melhor ambiente do western e a sua composição do ranger é das mais bem conseguidas. O Tex de Repetto é na verdade muito ticciano, o que desde logo lhe rende créditos e atributos. Um Tex imponente, altivo e pleno de carisma, apesar de conter, aqui e ali, algumas imperfeições.

Depois toda a aventura respira o ambiente onde decorre. Todas as páginas transmitem o frio das neves das montanhas do Canadá, os ventos agrestes, a chuva miudinha e incessante. Repetto poderá ser acusado de um estilo algo retro, é verdade, mas também é bem verdade que o autor domina o traço, domina os ambientes e só falha em algumas expressividades demasiado repetidas nas personagens.
É, no fundo, o melhor trabalho do autor até agora em Tex.

Texto de Mário João Marques

















Integral da entrevista de Fabio Civitelli ao Jornal de Notícias de 28-05-2007

Entrevista conduzida por Pedro Cleto, com a colaboração de Gianni Petino e Júlio Schneider na tradução e revisão.

Que lugar teve a BD, especialmente a BD “Bonelli” na sua infância?
Fabio Civitelli: No início dos anos Sessenta eu era um menino de sete, oito anos, e apaixonei-me pela BD, cuja leitura representava, na época, um dos meus passatempos preferidos. Por incrível que pareça o que mais me prendia era precisamente Tex, ao lado de quem eu lia Capitão Miki e Blek Macigno, ambos da EsseGesse. Ao crescer, abandonei esses dois, por achá-los muito infantis, enquanto a leitura de Tex continua até hoje.

Tem formação artística? Qual?
Fabio Civitelli: Eu não tive qualquer tipo de formação escolar específica: frequentei o Liceu Científico de Arezzo, mas cultivava diariamente a minha paixão pelo desenho. O meu sonho sempre foi tornar-me um desenhador profissional.

Como chegou a desenhador de BD? Por vocação ou por acaso?
Fabio Civitelli: Nos anos Setenta começaram a sair muitas revistas de BD de autor que eu lia com avidez, sempre a tentar assimilar as novas tendências da BD: graças a uma dessas eu entrei em contacto com Graziano Origa, o qual dirigia um conhecido estúdio de Milão. Origa foi o meu primeiro verdadeiro mestre e, graças a ele, já aos dezanove anos de idade pude começar a trabalhar, principalmente no sector de quadradinhos de bolso, eróticos e de terror. Estávamos em 1974 e somente depois de cinco anos consegui entrar para a editora Bonelli, com a qual começou uma belíssima colaboração que prossegue feliz até hoje.

Dentro da BD, os fumetti da SBE foram sempre o seu objectivo ou teria preferido fazer “BD de autor” como Pratt, Battaglia, Toppi ou Manara?
Fabio Civitelli: Como eu disse, acompanhei muito a “BD de autor”, mas eu sempre me considerei um autor “popular”. Por sorte, com os anos essa distinção decaiu, e fico muito feliz com isso, porque sempre que possível procurei levar a vontade de fazer experiências e de inovar na BD popular, que tem exigências maiores nos quesitos produtividade e pontualidade das entregas.

Os fumetti da SBE são uma forma menor de BD?
Fabio Civitelli: Hoje a Editora conta nos seus quadros com tantos talentos criativos que produz BD de qualidade extraordinária, e de géneros tão variados, em condições de contentar todos os gostos dos leitores actuais.

Há muita gente que os encare assim?
Fabio Civitelli: Como precisa opção editorial, a Bonelli sempre se preocupou em oferecer um produto de qualidade a um público o mais vasto possível, que só pode ser alcançado com a distribuição em quiosques, enquanto que a BD digamos “experimental” vive no mercado das lojas especializadas e conta com poucos milhares de leitores. De todo modo, são cada vez menos os que consideram a nossa como uma produção “menor”: por sorte hoje olha-se muito à substância das histórias que lemos, e o nível das edições Bonelli é sempre muito alto e, sobretudo, têm um custo absolutamente competitivo.

Tex foi uma escolha pessoal ou uma imposição?
Fabio Civitelli: O meu ingresso na equipa de Tex foi decidido por Sergio Bonelli em pessoa e, no início, eu senti-me um pouco receoso com o compromisso que isso comportava, porque eu jamais havia desenhado quadradinhos de faroeste. Mas Tex é uma personagem que eu sempre amei como leitor e, ao adquirir aos poucos segurança e conhecimento do Oeste, apaixonei-me tanto que agora não tenho vontade de fazer outro trabalho.

Que ambições tinha/tem dentro da SBE e em especial em relação a Tex?
Fabio Civitelli: Mais que ambições eu falaria de objectivos: o de trabalhar sempre no melhor das minhas possibilidades para contentar primeiro o meu editor e depois as centenas de milhares dos nossos leitores, sempre muito atentos e exigentes.

O que lhe agrada mais em Tex?
Fabio Civitelli: O carácter forte, decidido, pouco disposto a acordos.

E o que menos lhe agrada?
Fabio Civitelli: O facto que hoje Tex é um pouco menos forte, menos decidido e mais disposto a acordos do que em outros tempos.

Como sentiu ter sido escolhido para desenhar a história comemorativa dos 60 anos de Tex?
Fabio Civitelli: Para mim foi uma grande honra: Sergio Bonelli disse-me considerá-lo um reconhecimento pelos vinte e três anos que até agora dediquei a Tex, e por isso estou a empenhar-me para realizar o melhor trabalho possível, sempre a aferir o desenho em função das cores que depois serão aplicadas.

Que estatuto têm em Itália os desenhadores da SBE em comparação, por exemplo com autores como os já citados Pratt, Battaglia, Toppi ou Manara?
Fabio Civitelli: Como eu disse, já não há mais preconceitos com desenhadores das séries populares: cada autor é julgado pelo que produz, e nós temos uma enorme plateia que pode julgar o nosso trabalho, e que é sempre muito benévola connosco.

Os seus originais pertencem-lhe ou pertencem à SBE?
Fabio Civitelli: Os originais são propriedade do autor, e lhe são restituídos depois da publicação. Recentemente algumas das minhas páginas foram colocadas à venda por Sergio Pignatone, titular da Editora e Casa de Leilões “Little Nemo” de Turim, a quem pode-se dirigir quem desejar adquirir um desenho original de minha autoria (www.littlenemo.it). O mesmo Pignatone publicou uma monografia a meu respeito intitulada “Il West Secondo Civitelli” (“O Oeste Segundo Civitelli“) que reporta toda a minha carreira e também apresenta obras inéditas.

Tem liberdade para os expor quando deseja?
Fabio Civitelli: A Sergio Bonelli Editore não somente permite a exposição das páginas dos vários autores como frequentemente colabora com os organizadores dos vários Festivais, certa de que essas iniciativas só podem fazer bem ao mundo da BD.

Em Itália há muitos Festivais dedicados aos fumetti da SBE?
Fabio Civitelli: A Editora participa na primeira pessoa nas mais importantes “mostras” italianas, com exposição de páginas e apresentações de autores. E praticamente em todos os anos acontecem exposições temáticas sobre várias personagens.

Que expectativas tem quanto ao Salão de BD de Moura?
Fabio Civitelli: Em Moura certamente encontrarei muitos leitores aficionados e atentos, capitaneados pelo mítico José Carlos Pereira Francisco, aos quais mostrarei com prazer os meus últimos trabalhos ainda inéditos, incluídas as primeiras 35 páginas da história especial dos 60 anos de Tex, e dos quais espero críticas, conselhos e sugestões.

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Intervista a FABIO CIVITELLI nel JORNAL DE NOTÍCIAS (Portogallo)

Intervista condotta da Pedro Cleto, con la collaborazione di Gianni Petino e Júlio Schneider per le traduzioni e revisione.

Che posto ha avuto il fumetto - soprattutto il “Bonelli” nella tua infanzia?
Fabio Civitelli: Già nei primi anni sessanta, ero un bambino di sette otto anni, mi ero appassionato ai fumetti, la cui lettura rappresentava a quei tempi uno dei miei passatempi preferiti: incredibilmente quello che più mi appassionava era proprio Tex, al quale affiancavo Capitan Miki e Blek Macigno, entrambi della EsseGesse. Questi ultimi crescendo li abbandonai, giudicandoli troppo infantili, mentre Tex ho continuato a leggerlo fino ad oggi!

Hai avuto una formazione artistica? Di che tipo?
Fabio Civitelli: Non ho avuto nessun tipo di formazione scolastica specifica: ho frequentato il Liceo Scientifico di Arezzo, continuando però a coltivare quotidianamente la mia passione per il disegno. Il mio sogno è sempre stato diventare un disegnatore professionista.

Come sei arrivato a diventare disegnatore di fumetti? Per vocazione o per caso?
Fabio Civitelli: Negli anni settanta cominciarono a uscire molte riviste di fumetto d’autore che leggevo avidamente cercando di assimilare le nuove tendenze del fumetto: grazie ad una di queste entrai in contatto con Graziano Origa che gestiva un noto studio a Milano. È stato Origa il mio primo, vero maestro e grazie a lui già all’età di diciannove anni ho potuto cominciare a lavorare, soprattutto nel settore dei fumetti tascabili, erotici e horror. Eravamo nel 1974 e soltanto dopo cinque anni sono riuscito ad entrare alla Bonelli, con la quale è iniziata una bellissima collaborazione che prosegue felicemente tuttora.

Il fumetto della SBE è sempre stato il tuo obiettivo oppure avresti preferito fare il cosiddetto “fumetto d’autore” come Pratt, Battaglia, Toppi, Manara?
Fabio Civitelli: Come ho detto, ho seguito molto il “fumetto d’autore”, ma realisticamente mi sono sempre considerato un autore “popolare”. Fortunatamente, negli anni, questa distinzione è venuta a cadere, e io ne sono molto contento, perché anch’io per quanto possibile ho cercato sempre di portare la voglia di sperimentare e innovare nel fumetto popolare, che pure ha esigenze maggiori riguardo alla produttività e alla puntualità della consegne.

Secondo te quelli della Bonelli sono una forma “minore” del fumetto?
Fabio Civitelli: Oggi la Casa Editrice annovera tra le sue fila talmente tanti talenti creativi da produrre fumetti di qualità straordinaria, e di generi così diversi da accontentare un po’ tutti i gusti dei lettori di oggi.

Sempre secondo te sono in molti a considerarli così?
Fabio Civitelli: Come precisa scelta editoriale, la Bonelli si è sempre preoccupata di offrire un prodotto di qualità ad un pubblico il più vasto possibile, raggiungibile soltanto con la distribuzione nelle edicole, mentre il fumetto diciamo “sperimentale” vive nel mercato delle fumetterie e conta poche migliaia di lettori. Comunque sono sempre di meno quelli che considerano la nostra produzione “minore”: fortunatamente oggi si guarda molto alla sostanza delle storie che leggiamo, e il livello degli albi Bonelli è sempre molto alto, oltretutto con un costo assolutamente competitivo.

Il personaggio di Tex è stata una tua scelta personale o ti è stato imposto?
Fabio Civitelli: Il mio ingresso nello staff di Tex è stato deciso da Sergio Bonelli in persona e all’inizio mi sentii un po’ intimorito dall’impegno che questo comportava, anche considerando il fatto che non avevo mai disegnato fumetti western. Ma Tex è un personaggio che ho sempre amato come lettore e piano piano, acquistando sicurezza e conoscenza del west, mi sono talmente appassionato che non ho per adesso intenzione di lavorare a nient’altro.

Quali ambizioni avevi o hai all’interno della SBE, soprattutto in relazione a Tex?
Fabio Civitelli: Più che di ambizione parlerei di obiettivi: quello di lavorare sempre al meglio delle mie possibilità per accontentare in primis il mio editore, e poi le centinaia di migliaia di nostri lettori, sempre molto attenti ed esigenti.

Cosa ti piace maggiormente in Tex?
Fabio Civitelli: Il carattere forte, deciso, poco disposto a compromessi.

E cosa ti piace di meno?
Fabio Civitelli: Il fatto che oggi Tex sia un po’ meno forte, meno deciso e più disposto a compromessi di una volta.

Cosa hai provato quando sei stato scelto per disegnare la storia commemorativa dei 60 anni di Tex?
Fabio Civitelli: Per me è stato un grande onore: Sergio Bonelli mi ha detto di considerarlo il giusto riconoscimento per i ventitre anni che finora ho dedicato a Tex, e quindi un grande impegno per realizzare il miglior lavoro possibile, anche calibrando il disegno in funzione del colore che poi vi sarà applicato.

Come vengono considerati in Italia i disegnatori di Tex nei confronti, ad esempio dei già citati Pratt, Battaglia, Toppi o Manara?
Fabio Civitelli: Come ho già detto non ci sono più pregiudizi sui disegnatori delle testate popolari: ogni autore viene giudicato per quello che produce, e noi abbiamo una vastissima platea che può giudicare il nostro lavoro, e che è sempre molto benevola con noi.

I tuoi disegni originali sono di proprietà tua o della SBE?
Fabio Civitelli: Gli originali sono proprietà dell’autore, e gli vengono restituiti dopo la pubblicazione: Recentemente alcune delle mie tavole sono state messe in vendita da Sergio Pignatone, titolare della Casa Editrice e Casa d’Aste “Little Nemo” di Torino alla quale si può rivolgere chiunque desideri acquistare un mio disegno originale (www.littlenemo.it). Lo stesso Pignatone ha pubblicato una mia monografia intitolata “IL WEST SECONDO CIVITELLI” che ripercorre tutta la mia carriera e presenta anche delle opere inedite.

Sei libero di esporli a tuo piacimento?
Fabio Civitelli: La Sergio Bonelli Editore non soltanto permette l’esposizione delle tavole dei vari autori, ma collabora spesso con gli organizzatori delle varie mostre, certa che queste iniziative possono fare soltanto del bene al mondo del fumetto.

In Italia ci sono molte “Mostre” dedicate ai fumetti della SBE?
Fabio Civitelli: La Casa Editrice partecipa in prima persona alle più importanti mostre mercato italiane con esposizione di tavole e presentazioni di autori, in più praticamente tutti gli anni si svolge qualche grossa mostra tematica sui vari personaggi.

Cosa ti aspetti relativamente al Salão de BD de Moura?
Fabio Civitelli: A Moura troverò sicuramente molti lettori appassionati ed attenti, capitanati dal mitico Josè Carlos Pereira Francisco, ai quali mostrerò volentieri i miei ultimi lavori ancora inediti, comprese le prime 35 tavole della storia speciale dei 60 anni, e dai quali mi aspetto critiche, consigli e suggerimenti.

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Tex Willer, Fabio Civitelli, Salão de Moura e blogue do Tex em grande destaque no Jornal de Notícias: 28-05-2007

Texto da secção Cultura de 28 de Maio de 2007
Banda Desenhada
F. Cleto e Pina

“Apaixonei-me por Tex”, diz o desenhador Fabio Civitelli

* Artista italiano é a figura central do festival BD de Moura
* Em declarações ao JN, o desenhador de Tex fala do carácter decidido do cowboy dos “fumetti

Chama-se Fabio Civitelli, nasceu a 9 de Abril de 1955, e aos “sete, oito anos apaixonei-me pela BD. Quem mais me prendia era Tex, que continuo a ler até hoje“. O desenhador italiano é a figura central do festival de BD de Moura, que se prolonga no Alentejo até ao próximo domingo, dedicando uma extensa retrospectiva ao cowboy.
Sem formação artística, Civitelli cultivou “
diariamente a paixão pelo desenho. Sempre sonhei tornar-me um desenhador profissional“. Nasceria assim o seu traço luminoso, de linhas seguras, limpo de pormenores desnecessários, quase sempre sem tons intermédios entre o preto e o branco, que contrasta equilibradamente.

Mais tarde, “nos anos 70, li com avidez revistas de BD de autor, para tentar assimilar as novas tendências. Graças a Graziano Origa, o meu primeiro mestre, que dirigia um conhecido estúdio de Milão, aos 19 anos comecei a trabalhar em quadradinhos de bolso, eróticos e de terror. Cinco anos depois, em 1979, entrei para a Sergio Bonelli Editore, começando uma belíssima colaboração que prossegue até hoje“. O que não deixa de ser curioso já que acompanhou “muito a BD de autor“, mas o facto de “sempre me ter considerado um autor “popular” condicionou a minha escolha“.

Fabio Civitelli lembra que o seu ingresso na equipa de Tex foi decidido por Sergio Bonelli em pessoa. “Senti-me receoso, porque nunca tinha desenhado um western. Mas Tex é uma personagem que eu sempre amei como leitor e, ao ganhar aos poucos segurança e conhecimento do Velho Oeste, apaixonei-me tanto que não tenho vontade de fazer outro trabalho“.
Em Itália, os “
fumetti” Bonelli vendem-se em quiosques, a preço baixo, graças ao pequeno formato, ao preto e branco e papel simples, o que, a par “das maiores exigências de produtividade e pontualidade nas entregas” faz com que muitos ainda os considerem uma forma menor de BD.

Civitelli, que sempre tentou “experimentar e inovar“, considera que essa distinção “decaiu com os anos“, sublinhando que “é por opção editorial que a Bonelli se preocupa em oferecer o seu produto a um público o mais vasto possível, o que só é possível nos quiosques“.

Trabalhar sempre no limite

A BD de autor vive nas lojas especializadas, com poucos milhares de leitores. As edições Bonelli contam nos seus quadros com muitos talentos criativos que produzem BD de elevada qualidade, de géneros variados, capazes de contentar todos os leitores, com um custo muito competitivo“.

Relativamente a Tex destaca “o carácter forte, decidido e pouco disposto a acordos, embora menos hoje que em tempos idos“, e tem como objectivo “trabalhar sempre no limite para contentar primeiro o editor e depois as centenas de milhares de leitores exigentes“.
E confessa-se honrado “
por ter sido escolhido para desenhar a história comemorativa dos 60 anos de Tex, como reconhecimento pelos 23 anos que já lhe dediquei, por isso estou a empenhar-me ao máximo“.

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Tex Willer: Investigador e justiceiro
Tex nasceu em 1948 criado por Giovanni Luigi Bonelli (texto) e Aurelio Galleppini “Galep” (desenho). De seu nome completo Tex Willer, assume, simultaneamente o papel de investigador, justiceiro e até chefe índio, sob o nome de Águia da Noite. Ao seu lado tem sempre o velho amigo Kit Carson, o índio Jack Tigre e Kit Willer, seu filho. Pondo a justiça e a legalidade - a par da amizade – antes e acima de tudo, não hesita em assumir o papel de juiz e carrasco, quando tal é necessário. Tem uma legião de fãs indefectíveis e é recordista de vendas em Itália, com 230 mil exemplares mensais (só da série regular), e no Brasil (40 mil). Em Portugal vende uns invejáveis quatro mil exemplares por mês.

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Gatos invadem Moura até ao próximo domingo
Tex Willer, o famoso ranger dos quadradinhos italianos, chegou no passado fim de semana a Moura, no Alentejo. Não em busca de um qualquer malfeitor, como é habitual no herói, mas como convidado especial de um festival já na 16ª edição. Em sua companhia, em lugar de Kit Carson, Kit ou Jack Tigre, estarão Fabio Civitelli, um dos seus mais destacados desenhadores da actualidade (ver texto acima) e os seus originais, além de José Carlos Pereira Francisco, um dos responsáveis pelo blog português de Tex (http://texwiller.blog.com), representante em Portugal da Mythos Editora e um dos seus maiores coleccionadores mundiais, que mostrará em Moura dois milhares de itens da sua colecção. Esta será também a oportunidade para conhecer a vaga de novos desenhadores responsáveis pelo célebre cowboy, entre os quais Corrado Mastantuono, Pasquale Del Vecchio ou Frisenda.

Mas a verdade é que o tema do MouraBD 2007, que decorre no castelo local, é “O Gato“. O certame oferece, uma panorâmica geral dos mais célebres felinos na BD e no Cartoon.
O resto da programação principal compreende ainda retrospectivas dedicadas à obra de José Abrantes, Catherine Labey e Susa Monteiro.
Os três estarão presentes no certame, juntamente com o italiano Fabio Civitelli, no dia 2 de Junho, véspera de encerramento do evento de cujo programa constam ainda um ciclo de “
Cinema e BD” e uma feira do Livro.

Copyright: © 2007 Jornal de Notícias; F. Cleto e Pina
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Inauguração do Salão MOURABD2007



Realizou-se neste sábado, dia 26 de Maio, pelas 15.00 horas, a inauguração da XVI Edição do Moura BD Salão Internacional de Banda Desenhada que tem atractivos que poderão fazer desta uma das melhores edições de sempre do certame. Desde logo pela presença inédita de Fabio Civitelli, conceituado banda desenhista italiano pertencente aos quadros da Sergio Bonelli Editore, que pela primeira vez se deslocará a Portugal, indo receber, no próximo dia 2 de Junho, o Troféu Balanito de Honrapara autor estrangeiro.

Também a presença dos autores homenageados nacionais, Catherine Labey e José Abrantes, serão motivo de orgulho para o Moura BD dado que se trata de dois nomes incontornáveis na história da BD nacional dos últimos trinta anos. A entrega dos Troféus Balanito de Honra para autor nacional (a Abrantes) e Balanito Especial (a Catherine) é de um merecimento inquestionável.

O Gato é o tema base do salão e, como tal, uma panorâmica necessariamente breve (dado os inúmeros exemplos de personagens e séries com gatos existentes), fará recordar a uns e descobrir a outros autores das mais variadas escolas. Félix, Garfield, Blacksad ou Catwoman são apenas algumas séries a (re)ver…

Nesta “onda do gato” estão, como sempre, as exposições de trabalhos dos concursos promovidos (14º Concurso de BD & “Cartoon” e 11º Concurso Escolar de BD), subordinados, ambos, ao tema do salão. No primeiro caso, o Concurso confirmou-se como um dos de maior êxito do género no nosso país. Este ano, excedeu largamente as expectativas dos organizadores do salão: concorreram 70 autores (45 de Portugal, 22 do Brasil, 1 de Espanha, 1 da Argentina e 1 desde Kiev, na Ucrânia!).

Nas Garras felinas da sátira“, exposição comissariada por Osvaldo de Sousa, procurou-se fazer uma retrospectiva sobre a figura do gato no “cartoon” político, social e desportivo no nosso país, durante os últimos 150 anos.

Susa Monteiro, jovem autora cheia de potencialidades, teve oportunidade de expor, pela primeira vez de modo individual, em Moura, depois de, nos últimos anos, o ter feito colectivamente, na companhia dos seus colegas doToupeira Atelier de Banda Desenhada.

Finalmente, para fechar com chave de ouro, o espaço dedicado a Tex, o famoso cow-boy italiano (prestes a tornar-se sexagenário), com a exposição, em exclusivo mundial(!) sobre a nova vaga de desenhadores da personagem e uma mostra sobre a colecção de José Carlos Francisco, um dos maiores coleccionadores do mundo de Tex, onde se podem apreciar autênticas relíquias texianas…

A acrescentar a tudo isto, teremos os lançamentos das edições Moura BD, sessões de autógrafos com os homenageados, caricaturas ao vivo, sessões de cinema e o programa específico para as escolas do concelho (com actividades como a Hora do Conto, pinturas faciais, Jogo da Glória, etc.)

Um programa aliciante que entre 26 de Maio e 3 de Junho fará de Moura a capital da BD e que por isso o blogue português do Tex convida todos os amantes da Banda Desenhada a visitarem o evento, aguçando ainda mais a vontade, disponibilizando já hoje algumas fotografias tiradas por José Carlos Francisco e Mário Marques (devido à importância do evento, o blogue do Tex esteve representado ao seu mais alto nível) no dia da inauguração.

De seguida algumas fotos de agradáveis convívios Texianos:

José Carlos Francisco e Carlos Rico com as respectivas famílias

José Carlos Francisco e Mário Marques na foto da direita e ambos acompanhados pelo Gustavo Carreira na da esquerda

José Carlos Francisco e Tex e José Manuel Cristôvão e Tex

José Eduardo Monteiro, Mário Marques e José Carlos Francisco na foto da esquerda e Carlos Rico e Mário Marques na foto da direita

Finalizamos esta reportagem com a fotografia de José Carlos Francisco prestes a ser enforcado, mas que depois foi salvo no último intante por TEX WILLER, já que tinha sido alvo de uma armadilha descoberta pelo Ranger.

Texto de Carlos Rico e José Carlos Francisco

Fotos de José Carlos Francisco e Mário Marques



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Tex Willer por Wilski Barbosa

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Tex Willer e o Salão de Moura em destaque na LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

BD: Salão de Moura revela pranchas inéditas de Tex Willer

Trinta pranchas inéditas de 15 novos desenhadores de Tex Willer, o famoso «cowboy» das «histórias aos quadradinhos», vão poder ser apreciadas em estreia mundial no 16º Salão Internacional de Banda Desenhada - Moura BD, que começa sábado.

Até 3 de Junho, os «apaixonados» por BD vão poder apreciar os «traços» de vários autores consagrados e novos talentos da nona arte, através de oito exposições, três individuais e cinco colectivas, espalhadas pelo Convento do Castelo de Moura (Beja).

Entre as mostras colectivas, o destaque vai para uma das maiores exposições fora da Itália sobre Tex Willer, na qual vão ser «reveladas» 30 pranchas inéditas de 15 novos autores do «staff» que desenha o «cowboy europeu» para a editora italiana Sergio Bonelli (SBE).

A personagem de BD Tex Willer, um dos mais famosos «cowboys» dos «quadradinhos», foi criada em Itália, em 1948, pelos autores italianos de BD Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini.

Foi então que «nasceu» a saga de uma das personagens de «westerns» mais antigas da história dos «comics», actualmente publicada em vários países do mundo.

Além daquela estreia mundial, a colectiva dedicada a Tex Willer inclui também 24 pranchas de três histórias do «ranger» pelas mãos do consagrado desenhador italiano e colaborador da SBE Fabio Civitelli, um dos três autores homenageados no Moura BD deste ano.

«La banda dei tre» (Tex italiano 554) acabado de sair em Itália e, portanto, inédito em Portugal, «L´uomo venuto dal fiume» (Tex italiano 476) e «Il presagio» (Tex italiano 475) são as histórias de Civitelli em exposição.

A exposição vai revelar ainda o espólio de mais de dois mil objectos, entre revistas, posters, pranchas originais autografadas ou miniaturas em plástico, «religiosamente» coleccionados há mais de 20 anos pelo português José Carlos Francisco, um «caso raro de dedicação» a Tex Willer e o representante em Portugal da Mythos Editora, que publica as histórias do «águia da noite» no Brasil.

«Nas garras felinas do humor», uma retrospectiva sobre a figura do gato como interveniente na sátira social, política e desportiva, que inclui sete trabalhos inéditos de sete caricaturistas actuais, é outra das exposições colectivas do Moura BD deste ano, dedicado ao gato, um dos animais preferidos pelos autores de BD.

«Os gatos na BD - Panorâmica geral» e as mostras dos trabalhos seleccionados no 14º Concurso de Banda Desenhada e Cartoon e no 11º Concurso Escolar de Banda Desenhada, promovidos pelo Moura BD, são as restantes exposições colectivas.

Os desenhistas portugueses José Abrantes e Catherine Labey, os outros dois homenageados este ano pelo Moura BD, são os nomes «incontornáveis» da BD portuguesa dos últimos 30 anos que vão expor individualmente, além de Susana Monteiro, uma «jovem promessa» da BD nacional ligada ao Toupeira - Atelier de Banda Desenhada de Beja.

Entre os três autores de BD homenageados este ano pelo Moura BD, José Abrantes e Fabio Civitelli vão receber o troféu «Balanito de Honra» e Catherine Labey o «Balanito Especial».

No Moura BD deste ano vão ainda ser lançados o número sete dos Cadernos Moura BD, com trabalhos de José Abrantes, o estudo de Jorge Magalhães «O Western na BD Portuguesa» e o catálogo da exposição «Nas Garras da Sátira», comissariada por Osvaldo de Sousa.

A entrega, dia 02 de Junho, dos Diplomas Moura BD para premiar o que de melhor se editou, em 2006, no campo da nona arte, sessões de autógrafos e de cinema de animação, animações no Espaço Ludoteca para as escolas do Concelho e a Feira do Livro BD são outras das actividades previstas ao longo dos 15 dias do certame.

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Collezione storica a colori, nº 10 - Ombre di morte

Tex nº 10 - OMBRE DI MORTE

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Arte de Claudio Villa

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